segunda-feira, 29 de abril de 2024
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HEMORRÓIDAS 

Tema abordado por Dra.Sandra Pedroso de Moraes especialista em Proctologia e Nutrologia.

O que são hemorróidas?

Hemorróidas são veias dilatadas na região anal que manifestam sintomas e por isto é melhor referir como doença hemorroidária. É um problema frequente na população geral. Existem dois tipos de hemorróidas: internas e externas, de acordo com a posição. As hemorróidas externas se formam no canal anal e região externa, sendo recobertas por uma pele bem sensível. Ao contrário, as internas estão na parte bem interna do ânus e são recobertas pela mucosa intestinal.

Sintomas

Os sintomas mais comuns ocorrem durante a defecação: dor, sangramento, prolapso. Algumas vezes, o prolapso é redutível (volta sozinho para dentro após a evacuação). Outras vezes é necessário empurrá-las para dentro. O sangramento pode ter intensidade variável, mas geralmente é vermelho vivo. Uma inchação persistente após defecar pode gerar uma sensação de inflamação, produzindo um desconforto e sendo muito doloroso. A coceira (prurido) ao redor do ânus é também um sintoma comum.

Mulheres grávidas desenvolvem sintomas com freqüência ao final da gestação e que acabam melhorando após a gravidez. Contudo, podem continuar apresentando problemas crônicos e devem procurar cuidados médicos.

O que causa hemorróidas?

A postura ereta característica da raça humana, influencia aumentando a pressão nas veias do ânus. Fatores, tais como: defecação difícil, uso crônico de laxativos, longos períodos sentado no banheiro, gravidez, além de rotinas profissionais ou esportivas, podem ainda aumentar mais esta pressão dentro das veias, o que as leva a dilatar. A hereditariedade (herança genética) também é reconhecida como um fator importante para o desenvolvimento de hemorróidas.

Hemorróidas podem causar câncer?

Não. Esta correlação entre hemorróidas e câncer não existe. Contudo, metade das pessoas que procuram tratamento para hemorróidas tem sintomas ocasionados por outros problemas. Em alguns casos o câncer pode ser a causa do sangramento pelo ânus e por este motivo não é seguro acreditar que seu sangramento provém de hemorróidas sem antes consultar um especialista. Procure um coloproctologista para ser avaliado e receber o tratamento adequado.

Tratamentos mais comuns

Sintomas leves normalmente são tratados através da correção dos hábitos alimentares, aumentando ingestão de água e de fibras. São boas fontes de fibras os cereais, os alimentos integrais, as frutas e os vegetais. Diminuir o esforço para evacuar é muito importante para não piorar o problema. Nos casos em que as medidas clínicas não resultam em um bom controle dos sintomas, pode ser necessário um tratamento definitivo através de procedimentos, que vão desde a ligadura elástica até a cirurgia propriamente dita.

Artigos científicos 
Confira nesta pasta artigos científicos publicados por Sandra Pedroso de Moraes.
FÍSTULA E ABSCESSO ANAL 

Tema abordado por Dra.Sandra Pedroso de Moraes especialista em Proctologia e Nutrologia.

Abscesso anal

O abscesso acumulação de pus numa cavidade formada acidentalmente nos tecidos orgânicos, ou mesmo em órgão cavitário, em conseqüência de inflamação. anal é uma cavidade em que se forma secreção purulenta (pus) na região anal ou vizinhança. Em geral, é causado pela infecção de pequenas glândulas existentes no canal anal. parte interna do ânus que é a região onde termina o intestino e que apresenta cerca de 2 a 3 centímetros de extensão. Alguns abscessos podem também ser originados de uma fissura pequena abertura longitudinal, fenda, rachadura, sulco. Qualquer ulceração alongada e superficial. infectada, que consiste em uma ferida linear no canal anal, mas com alto potencial de desenvolver uma infecção local (leia mais no título Fissura).

Existem causas menos comuns para o surgimento de um abscesso como, por exemplo, o ato de deglutir (engolir) alimentos sem mastigar, podendo levar fragmentos de ossos ou espinhas de peixe até o canal anal. Neste caso, estes fragmentos não são digeridos e passam pelo canal anal podendo gerar uma escoriação, perfuração, que provoca um abscesso e, tardiamente, pode dar lugar à fístula. O abscesso produz um quadro de sintomas relacionados à infecção. É comum a apresentação de dor (contínua e/ou latejante) e inchação na região que se apresenta quente e avermelhada. Também acompanham o quadro: febre, calafrios, cansaço, prostração e inapetência.

Tratamentos mais comuns para os abscessos anais

Os abscessos podem comprometer o estado geral do indivíduo e seu tratamento mais indicado é a drenagem cirúrgica associado à antibioticoterapia. Em alguns casos o abscesso se rompe e drena espontaneamente. O tratamento cirúrgico é realizado através de uma incisão intervenção cirúrgica em um tecido efetuada com instrumento cortante (bisturi ou bisturi elétrico). que elimina as secreções, o que alivia em muito a dor provocada pela pressão existente dentro do abscesso. Os pequenos abscessos podem ser drenados sob anestesia local e os abscessos maiores e mais profundos podem necessitar internação hospitalar e a ajuda de um médico anestesista. Nestes casos também está indicada a administração de antibióticos, desta vez por via intravenosa porque se manifestam com mais gravidade. Pacientes portadores de diabetes, leucemia e outras doenças que levam à deficiência imunológica necessitam de cuidados especiais pela gravidade e rapidez com que a infecção pode evoluir.

Fístula anal

A fístula canal patológico que cria uma comunicação entre duas vísceras (fístula interna) ou entre uma víscera e a pele (fístula externa). Canal ou cavidade que comunica duas estruturas de um corpo ou uma estrutura com o meio exterior. anal ocorre frequentemente como resultado de um abscesso que se formou nesta região. A secreção purulenta Líquido espesso, amarelado, seroso e opaco, que se forma no local de uma ferida infeccionada ou de um processo infeccioso, formado de glóbulos brancos, alterados ou não, de células de tecidos vizinhos do ponto da supuração, e de bactérias, vivas ou mortas. contida dentro do abscesso é eliminada, naturalmente ou com ajuda de tratamento médico, dando lugar à formação de uma fístula anal, que é o resultado final da cura de um abscesso desta região. A fístula, portanto, comunica a região interna do canal anal ou reto até a pele da região externa do períneo ou nádegas. Não é uma complicação do tratamento e sim uma evolução natural da condição. É um problema que exige avaliação e tratamento especializado para sua cura. Não é sempre que um abscesso desta região produz uma fístula e, por isto, não se pode prever quando um abscesso irá formar uma fístula, podendo ocorrer em cerca de metade dos casos de abscesso anal. Outra causa comum de fístula anal é a doença inflamatória do intestino ou colite. condição inflamatória do intestino e pode ter causas diversas. Não raro, as fístulas já formadas podem novamente infectar formando um novo abscesso.

O sintoma mais comum da fístula anal é a saída de secreção persistente na região externa, ao redor do ânus, através de um ou vários pequenos orifícios. Outras doenças podem se assemelhar às fístulas desta origem como a hidroadenite supurativa e o cisto pilonidal, entre outras.

Tratamentos mais comuns para a fístula anal

Fístulas são tratadas, na maioria das vezes, através de cirurgia programada. Algumas fístulas podem necessitar de exames antes da cirurgia, como ultrassonografia ou ressonância magnética.

Existem tipos diferentes de fístula. Então, de acordo com as características e profundidade de sua apresentação é escolhido o tipo de cirurgia ou técnica. A fístula anal pode ser mais superficial sendo o seu tratamento mais simples. Neste caso é realizada a abertura e curetagem destes trajetos fistulosos. Essas técnicas são conhecidas como fistulotomia tratamento da fístula através da abertura do canal fistuloso. e fistulectomia. operação para remoção de uma fístula. Entretanto, nos casos de fístulas complexas, quando é comum o envolvimento dos músculos do esfíncter, cada um de dois esfíncteres que fecham e abrem o ânus. o tratamento pode se tornar difícil. Por este motivo estas cirurgias devem ser realizadas por médicos cirurgiões especializados (coloproctologistas). A maioria dos casos têm sua fístula operada em dois tempos (duas cirurgias) com intervalo aproximado de 2 a 4 meses entre as duas. Neste caso, é aplicado um cordão de fio cirúrgico ou de algodão chamado sedenho, mecha de fios que se introduz em uma prega cutânea, de modo a produzir ou reparar um trajeto fistuloso, com objetivo resolutivo. com vistas a facilitar a segunda cirurgia e poupar o músculo esfíncter. Outro tipo de cirurgia utilizado atualmente é o retalho, técnica em que se utiliza um fragmento de mucosa e músculo proveniente da vizinhança de uma ferida que necessita de tecido para ser recoberta. indicado em determinados casos de maior complexidade ou que envolvem uma porção significativa do esfíncter. A recidiva reaparecimento de uma doença ou de um sintoma, após período de cura mais ou menos longo; recorrência. em todos os tipos de técnica é possível, mas pode ser minimizada através da atenção necessária às recomendações de seu cirurgião.

Para mais informções entre em contato com HOSPITAL SAÚDE INTEGRAGRADA VIDA

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